Estou começando mais um projeto audacioso que talvez nunca vá pra frente nesse blog também. Porém, porque eu estou fazendo isso? É simples, até.
Além de encontrar um verdadeiro motivo para ler e reler obras obrigatórias da época dos meus primeiros semestres de faculdade de design, quero tentar definir, explicar por menores para leigos o que seria essa minha área de atuação. Hoje em dia tudo virou design. É a palavra do momento para qualquer coisa, principalmente se envolve estética, estilo, diferencial. Mas será que design é apenas isso? Da onde surgiu? O que significa esse termo? O que raios um profissional de design faz? Ele vende apenas sua arte na praia? O Globo Repórter pode não responder isso na sexta, mas eu vou tentar responder esses e outros questionamentos aqui nessa série de postagens.
Eu, assim como 90% dos alunos do curso, escolheram design como opção no vestibular com uma vaga ideia do que essa área tão abrangente poderia significar. Até hoje sinto muita dificuldade de definir e explicar minha área de estudo para alguém de fora. Simplesmente não é apenas arte, é uma ciência, quase uma engenharia. Vai muito além do que apenas "tornar um produto bonito", na real, é totalmente oposto a isso. Design tem a ver com uso, facilidade, resolução de problemas, não apenas inovar e diferenciar. Não é uma inspiração, não é empírico. Aqui é uma ciência, uma metodologia (claro que não tiro a possibilidade de um ótimo insight aparecer em algum momento).
No começo do meu curso, eles tentam explicar para os alunos o que seria design, suas aplicações e seus lugares no mercado. Vendem o curso como TUDO É DESIGN, deste da garrafa da coca-cola, até o mais sofisticado ônibus espacial. E não digo que isso está errado. Mas isso só mostra algumas áreas em que o designer pode trabalhar e integrar seus conhecimentos. Porém, temos que admitir que apenas falar isso não explica em nada o que é essa área de estudo para quem está fora daquele ambiente. Como tentar fazer seus pais entenderem o que foi que você escolheu na faculdade? Como convencer para eles que não é uma área de alguém que depois vai ter que fazer um segundo curso de carreira convencional pois não consegue ganhar a vida sendo "artista"?
Primeiro, temos que tirar da cabeça que DESIGN = ARTE. Pois não é. Podemos ter designers artistas também, mas o design não é puramente arte, assim como a arte não é design. Novamente, venho dizer que um designer não pode se dá o luxo de ser artista, claro que pode, quem sou eu para proibir? Mas a arte é vista como uma ferramenta, dentre tantas outras, que o profissional de design pode usufruir para melhorar seu projeto/produto. É usado como uma das etapas, normalmente a etapa final, mas não é o que o design faz.
Mas afinal, o que o designer faz? Ele projeta. Isso eu vou ficar te devendo para mais tarde.
Nessa série de artigos (que podem demorar a eternidade - pois unirei minha escrita da monografia, minhas leituras e pesquisas, e escreverei minhas ideias, além de citações de outras fontes) quero tentar explicar um pouco sobre a área que escolhi estudar e trabalhar. Separei alguns tópicos (que podem ser mudados de acordo com minhas pesquisas e ideias), mas o caminho é mais ou menos o descrito abaixo, para tentar entender o que é Design e assim poder explicar esse grande questionamento (que não aceita 42 como resposta).
1. O Que é Design?
2. Nascimento do Design
3. Escolas e Pensamentos do Design ao longo de sua própria História
4. Design não é Arte
5. O Design Atual: novas áreas de estudo, a humanização da área antes exata.
Esses tópicos foram definidos por ideias que me preencheram ao longo da faculdade, com vários professores que passaram formentando várias ideias diferentes sobre a mesma "matéria". Afinal, há quem defende que design é praticamente uma engenharia; há acadêmicos que falam de design antropológico, mais humanizado, mais sentimental. Surgiram várias áreas, assim como há mais gente pragmática e metodológica quanto mais gente que defende que tem que ter inspiração e sensibilidade artística - existe todo tipo de pensamento sobre essa mesma área que as vezes me bateu até o sentimento: será que eu estou estudando certo tudo isso? E até mesmo para preencher esse vazio acerca da minha própria escolha profissional, decidi responder alguns tópicos que pairam sobre mim até hoje, até para sanar meus próprios pensamentos.
Vale ressaltar que, apesar de eu escrever os próximos artigos, mediante várias leituras e pesquisas, e mesmo citando autores e livros, a maioria do texto será pensamentos e divagações minhas, usando de livre interpretação do estudo acadêmico + conhecimento de mundo para a criação dos textos. Eu não sou doutora, mestra nem PHD em nada, apenas uma graduanda em bacharelado de Design, pela UFMA, deixando anotações de estudos e pensamentos em modo público no meu site pessoal. Também não autorizo a reprodução do meu texto em partes ou na íntegra sem consentimento. Para debater opiniões divergentes, pedir permissão para reprodução ou algum outro assunto sobre a temática desses textos, deixo meu e-mail livre para que entre em contato: miakakamura@gmail.com
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