Quem acompanha meu twitter ou minhas postagens no facebook,
vira e mexe olha que eu me zango com algo e uso as ferramentas para “desabafar”.
Dessa vez, essas coisas não podem ser mais diferentes, que
vou usar esse meu blog para, novamente, contar as coisas, depois de tanto tempo
parado, não é verdade?
Estou agora prometendo vim uma vez na semana postar para
vocês aqui no blog, se é que existe ainda alguém que vem olhar se tem coisa nova por aqui!
Para quem não sabe, eu moro nas terras feudais de Sarney, o
senhorzinho manda chuva do Maranhão. Temos um sistema de transporte publico que
como o resto do país, está sucateado. Para quem acompanha noticias nos jornais
ou sites de noticias, sabe que São Luis encontrasse numa greve, que começou com
a suspensão de mais da metade da frota e atualmente 100% da frota está nas
garagens, ao invés de circular com seu dever de levar as pessoas para todo o
canto e serem assaltadas nesse canto (falo isso, porque é justamente a
realidade ludovicense, você sai de casa, não tem segurança. É assaltada no
ônibus, no local de trabalho, na rua, na parada e quando chega na porta de sua
casa, é assaltada também).
Acontece que, sem transporte publico, a maioria da população
que depende exclusivamente dele, não pode ir fazer as coisas rotineiras, do
tipo ir a universidade.
E para quem se pergunta, ah, não tem ônibus, mas tem metrô,
VLT, trem?! Na verdade não tem, São Luis é terra feudal, e como toda a idade
média, essas tecnologias não existem como transporte aqui. Aqui nem trem a
carvão tem como substituto do ônibus, nós sofremos mesmo.
Como citado anteriormente, estamos sem ônibus e com isso a
grande parte da população que depende disso não pode sair de casa. No meu caso,
eu até tenho como ir a universidade, mas a minha turma não tem. Estava fazendo
as contas: Minha turma é composta de 30 pessoas, dessas, só 5 podem ir para
universidade de outros meios (carro, moto, carona), o resto depende do difamado
Campus 311 e outros ônibus sentido bairro/centro para sair de suas casas e
voltar.
E com isso, surgiu a polemica quando um coordenador do curso
colocou em suas palavras que todos os alunos deveriam “dar um jeito” para
chegar na universidade e ter suas aulas, pois as mesmas estão correndo
normalmente, e professores estão “penalizando” os alunos faltosos com faltas. E
que (pasmem!) tem professores aplicando normalmente provas. Acho que é lógico comentar
que grande parcela dos alunos também dependem do ônibus (ainda não conseguimos
ter vassouras ou grifos para voar até a universidade).
Mas a tolerância pela situação parece não está ocorrendo e
que temos babacas nos dois lados da moeda, isso temos. E porque eu digo
babacas?! Pois, partir de um acadêmico uma ignorância pelo fato de “dar um
jeito”, seria sugerir ir andando, pegar taxi e outros meios de condução, quando
a maioria dos alunos não tem dinheiro para tal investimento é realmente incabível
na situação. Mas o pressuposto de alunos que estão apenas comemorando o fato de
haver essas “férias” não programadas, de combinarem entre si de ninguém comparecer
na universidade, porque partiu da filosofia de “sem alunos, sem aulas” e não ter pelo menos o bom senso de avisar o
professor e correr atrás de algo para diminuir o prejuízo, também não fazemos.
Isso não dá o direito de um coordenador ter agido e falado como
ele falou, mas também já não dá o direito dos alunos reclamarem da situação que
ele falou, afinal, quem foi os que comunicaram aos professores e pediu
negociações e remarcações de aula?
A situação é que todos empurram com a barriga ou esperam que
o outro faça algo para remediar a situação. Não estou sendo hipócrita, eu mesmo
estou no grupo dos errados na situação. Esperei de bom grado que a líder da
turma ou outra pessoa se manifestasse e entrasse em contato com nossos
professores, ou que os professores adivinhassem o que passa nas nossas cabeças
e entrasse em contato conosco. Algo que, pelo que leram no texto, não
aconteceu.
Agora tem gente que, depois de toda a merda ter sido jogada
no ventilador, que pagar de moralista e dizer que só tem um lado errado da
história, tira do sério, não é verdade?!
Realmente tem gente que só enxerga seu próprio umbigo e
parte para hipocrisia de que nunca está errada e a pessoa do outro lado, é o
errado da situação.
Enfim, a situação ainda vai longe e se tiver novidades que
valha a pena, conto a vocês. Depois de todas as discussões, enfim, vamos entrar
em contato com os professores para negociar. Mas toda nossa atitude de agora em
diante parece ter sido tomada só porque ele reclamou. O que realmente fica uma
fama ruim para nós, que passamos por “não interessados”.
Também estou indignada com esta greve.
ResponderExcluirEntendo o lado dos rodoviário, afinal, lutar por melhores condições trabalhistas é um direito de todos, até mesmo dos atores e autores da globo (!)
No entanto, aquele famoso ditado popular se aplica perfeitamente a esta situação: "O seu direito termina onde começa o meu". Assim como eles têm o direito a lutar por melhorias, temos o direito de ir e vir.
Estão falando em aumentar a passagem, agora, eu pergunto: que direito eles têm? Cara, eu vivo pendurada nestes ônibus, a ponto de chamar o dia que consigo um assento de milagroso; essas sucatas que insistimos em chamar de transporte vive dado "prego" e os motoristas estão cada vez mais loucos!
Acabei desabafando aqui, mas é que eu fico indignada com este tipos de falta de noção. Aliás, cadê o VLT? rsrsrsrs