Hoje caminhando para sair da Universidade, estava de cabeça baixa para olhar o snapchat. Caminhando sem olhar para os lados ou a frente, pra variar, pois LubaTv era mais engraçado e prendia mais a atenção (e por ironia do destino, esse texto estou escrevendo após o acidente, andando ainda de cabeça baixa - o que dá para perceber que não aprendi nada com esse acontecimento que estou narrando nessa crônica).
Então, andando distraída, acabo me batendo de frente com um senhor (que teria a aparência de ser até meu avô). Acontece que nos atropelamos porque ele também estava fazendo a mesma coisa que eu: andando de cabeça baixa pois olhava algo no celular.
Com o "acidente de percurso", minha atenção saiu do celular por alguns instantes e foi um clarão da luz do sol: todos ao redor estavam fazendo a mesma coisa que eu uns segundos atrás: olhando pro aparelho do capeta.
Isso deixou uma pequena reflexão que meus pais sempre jogam na minha cara (mas que consequentemente ignoram também - hipócritas, porque chamar de hipócrita ta na moda): estamos cada vez mais online no virtual e ficando offline da realidade. Não estamos vivendo a experiência, pois queremos apenas filmá-la para por nas redes sociais.
A "vida social" da maioria é online. Conversa com gente do mundo inteiro, mas não sabe o nome do vizinho. Confesso que cheguei ao cúmulo de ter DR por whatsapp porque nenhum dos lados é confortável de falar na cara do outro, mesmo que pessoalmente. Talvez porque o celular relativa a intensidade e torna mais impessoal ou simplesmente porque estamos perdendo o "tato" de conviver pessoalmente na sociedade.
Cada vez mais temos substituído contato físico por ferramentas de cunho virtual. Citando-me outra vez, cheguei a ter conversas online quando a pessoa estava do meu lado fisicamente. E não exagero, vejo crianças, adolescentes substituindo uma "vida real" por vidas digitais. Pessoas cada vez mais retraídas em seus mundinhos de redes sociais e sem nenhum tato com o "contato humano".
Dá receio, pois uma situação dessas tende a piorar. E não importa a idade. Caminhamos para o futuro de distopias que amamos ler (isso se você tem o hábito de leitura), mundos que eram cheios de tecnologia, sem o "calor humano", sem contatos. Talvez, quem saiba, substituídos por máquinas!
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