Tenho uma péssima mania. Falo péssima, mas ainda não julguei
se é bom ou se realmente é ruim. Até que pode ser bom, afinal. Enfim, o
processo de julgamento ainda está em andamento.
Adoro criar coisas
novas. Não, não estou querendo me gabar. Não considero criação como talento. É
mais um exercício diário. E quando mais se treina, melhor se fica.
Mas a mania em questão não é o "treino", mas sim
como eu treino. Preciso dizer que eu amo escrever. Adoro fazer textos. Porém as
ideias só fluem quando realmente as escrevo no papel. Esse texto mesmo nasceu
primeiramente no papel.
Não é que eu não consiga realmente fazer diretamente no notebook.
Mas é muito mais rápido e fluído quando escrevo. Quando escrevo parece que
estou construindo alguma coisa. Mesmo que eu risque, descarte, ele, o texto,
ainda existe. E amo a ideia e construir algo.
O ruim nem é o lado ambiental, apesar de ter, lógico. Mas é
o problema que eu desenvolvi... Tendinite. Uma dor no pulso sem fim, só por
causa de um pequeno esforço. Quem manda não saber deixar a ideia fluir
diretamente no teclado?
Mas nada substitui a sensação de construir algo novo, de
deixar nascer, algo que você mesmo fez surgir. É a melhor sensação que existe e
você fica ávido por mais e mais, sempre criar seu mundo e expandir.
E quando você passa um tempo sem criar? Parece que toda a
criatividade que jorrava em sua mente se esvai nesse meio tempo. Você se sente inútil
e enferrujado. Tudo que você tenta criar, escrever, fazer não te satisfaz,
parece que falta alguma coisa que você perdeu nesse tempo que ficou parado. E
eu me sinto assim agora.
Passei uma boa parte sem escrever, sem mexer nos meus textos
e contos, sem criar um texto novo. Deste do meu ensino médio eu não crio nada
exatamente novo. E me sinto cada dia que passo: inútil. Cadê aquelas ideias que
jorravam como chafariz e me fazia correr para uma folha de papel e anotar tudo?
Quero resgatar essas origens, quero voltar a ser aquela pessoa que criava um
universo diferente a cada dia. Mas cada vez o tempo é tomado por outras coisas.
Cada vez mais a mente é bombardeada com preocupações e cada vez tem menos
espaço para viajar...
Mas vamos resgatar aquele ser criativo de dentro e criar um
pouquinho a cada dia. Ele está aqui dentro, em algum lugar, dá para sentir.
Sendo sufocado, reprimido pela falta de tempo, de coragem, de vontade em tentar
fazer algo novo. Com medo de não ser bom o suficiente, de não ser original o
suficiente. Mas isso não importa, de fato.
O que importa é fazer, é tentar, é seguir adiante. E não
deixar ser levado por problemas diários de um mundo que tenta podar as asas.
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