*Texto Escrito dia 24/07/2014*
Imagina o azar da
pessoa?
Chega ao terminal para
pegar um ônibus e tem exatamente 3 opções na plataforma que espero normalmente.
Três opções de escolha! Três opções de ônibus com lugares disponíveis para
sentar. PARA SENTAR! É o milagre no terminal, pensei eu.
Era uma obra do
destino. Aquele destino zoeiro que adora pregar peça em você. Até desconfiei
que algo ia acontecer, nunca fui de ter muita sorte se no final do dia vem
alguma coisa para estragar. E assim entrei no ônibus que escolhi.
E na segunda parada,
depois de sair do terminal, ele fura o pneu. Simples assim!!!
Eu disse! Eu disse que
não é sempre que eu tenho sorte assim sem que o destino vem pulando na frente e
diz “hahaha. Pegadinha do malandro”.
Mas você acha que a
dose de azar acabou por ai? Não. Azar é um daqueles remédios que você tem que
tomar em longas doses homeopáticas para não ter um infarto de vez. E o furo do
pneu só foi o prenuncio que coisas piores ainda estão por vir.
Cheguei em meu trabalho
no horário normal (pelo menos isso, né?). Arrumei tudo que precisava, liguei o
computador e peguei um livro para ler enquanto a chefe não chegava. 5 minutos
depois um som enorme de estouro me fez pular da cadeira. Coração a mil. Parecia
a trombeta do apocalipse a soar.
Sai que nem uma perturbada
para a porta da empresa afim de saber o que era aquele estouro todo. E só uma coisa para, enfim, fazer as coisas
desandarem de vez: os gritos do pessoal da rua “Sai daí! Sai daí!”.
Nunca contei para vocês
que eu sou corajosa, porque seria uma mentira. Então a primeira coisas que eu
fiz foi pensar que o mundo acabou, que o prédio estava desabando e que eu não
poderia ficar mais nem um segundo ali.
Peguei as coisas e
avisei a outra funcionaria e sai correndo como se nunca houvesse amanhã. Sim,
sai correndo sem nem ao menos entender o motivo que poderia ter sido o causador
a trombeta final. Então eu vi.
O poste que fica
localizado do lado da loja estava pegando fogo. Claro, era o armagedon
começando.
É nessas horas que
notamos como ser humano é um bicho que se impressiona fácil. Estava lá todos de
fora de suas lojas e casas olhando pequenas labaretas de fogo e nenhum cidadão se
prontifica a ligar para a companhia elétrica, bombeiros ou o presidente.
Estávamos lá, todos embasbacados
pelo fogo que consumia os fios de alta tensão, até que a seriedade do problema
nos tira do topor. Ligou-se para a ajuda.
O fogo aumentava e
passa para o fio definitivamente.
Ligou-se pela segunda
vez.
O fio que começou a
pegar fogo se parte e cai por cima da loja. A ponta pegava mais fogo, ameaçando
fazer uma fogueira de São João.
Nessa altura eu só
pensava na minha mochila do Snoopy dentro da loja e de como seria difícil achar
outra igual e agradecia por ter saído correndo de lá com meu celular e livros
na mão.
Fiquei lá na rua, admirando
por mais tempo a faísca de fogo até que a companhia corta a energia e aparecem
para consertar tudo.
Depois do medo ter
passado, banho tomado e babaquice entocada, já estava em casa, meus pais
decidem ir na estréia de Planeta dos Macacos.
No carro, no caminho
para o cinema, vejo na parada um cara com uma faca na mão, enfiou a mesma no
pneu de um ônibus e caminhava para cima das pessoas na parada.
Não sei mais o que
aconteceu.
Mas agora fico me
perguntando: que raios de lugar é esse que eu moro? E mais importante. Qual o
melhor sal grosso para eu me banhar?
A propósito, o filme
foi muito bom.
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