Faz tempo que não escrevo aqui, certo? Não é porque esqueci
desse blog, mas é que a coragem de escrever algo totalmente original (não é
desmerecendo meus textos, mas quando se faz resenhas, você não escreve algo
totalmente original, você apenas emite uma opinião pessoal sobre algo já
escrito de terceiro – seja o livro, o filme, o quadrinho etc).
Não é preguiça (pode até ser), mas a imaginação trava quando
se senta na frente do computador para escrever (seja um livro ou uma simples crônica).
As ideias surgem em lugares surreais, não é mesmo? Aqueles lugares que você não
tem como pegar nem mesmo o celular e escrever. E não adianta repetir mil vezes
o que pensou mentalmente, quando você está livre para escrever, simplesmente as
coisas somem da sua cabeça como passe de mágica.
As coisas sempre “brotam” na minha cabeça em lugares que não
tenho como anotar a ideia que surgiu, é quando estou dirigindo, ou dentro do ônibus
(e logo quando está em pé, tendo que se segurar para não cair a cada freada do
motorista) e quando está no banho.
Acho que o mais difícil também é mostrar para alguém. Estou
agora no curso de Design, algo que estava realmente querendo fazer e nessa
segunda tivemos uma palestra com Rafo Castro, designer. Ele disse que não
podemos ter medo de mostrar uma criação nossa. Pode até ouvir “está ruim, está
uma merda!” mas não podemos deixar de mostrar para as pessoas. É um tipo de exercício.
Não é que eu precisava de um profissional do ramo para dizer
algo desse tipo para mim. Eu já tinha isso em mente quando criei o Universo Atakima
em 2009: fazer um blog para expor meus textos, mas o medo é algo que sempre
toma conta. O medo da critica e da rejeição.
Além de ser insegura com o que eu faço, outro mal muito
grande é nunca terminar o que já comecei. É outro exercício que tenho que
treinar. E MUITO. Tenho que começar os projetos antes mesmo de começar com o
outro. Para ter uma ideia, 2008 criei minha primeira história, e logo na
sequencia veio mais outros livros fechando uma trilogia. Pode ver que eu ainda
não o lancei. Agora a pergunta é porque? Porque eu tenho medo das pessoas
criticarem? De não aceitarem? De estar uma merda?! Nem é por isso. É porque ele
nunca saiu do manuscrito original.
Sim, o livro existe deste de 2008 e nunca revisei, inclui,
exclui, muito menos passei para o computador. Mas está escrito em mais e mais
resmas de papel. Que coisa tão... tão... tão inacabada.
Hoje recebi um tapa na cara invisível de um colega de
classe, acho que ele nem sabe que me deu um tapa na cara, mas deu. Percebi que
o difícil não é revisar o texto, modificá-lo ou até mesmo publicá-lo, mas é
fazer o essencial: começar a escrever e terminar. Isso de revisar e acertar os
detalhes é a coisa mais fácil quando se tem o principal (o corpo) feito.
Então, se eu não ir atrás com garra e coragem de fazer o que
é difícil, quando é que vai chegar os louros desse trabalho? Nunca. E não é
promessa do fim de ano, quando se diz: ano que vem vai ser diferente, que vai
mudar o que eu não fiz.
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