Vendo o noticiário na televisão, escuto noticias que o
casamento gay foi aprovado na França e pessoas estavam protestando contra. Isso
me levou a uma pequena discussão com meu pai. Discussão entre aspas, pois foi
mais um monólogo. Eis meu posicionamento sobre isso. Aprovo totalmente a união
entre pessoas do mesmo sexo.
Até onde toda essa manifestação contra homossexuais e seus
direitos como cidadão vai? Defendo sim a união entre pessoas do mesmo sexo. Não
sou lésbica nem bissexual. Sou hetero, mas não falo isso com o orgulho que um
macho falaria. Eu falaria abertamente também se fosse homo, mesmo podendo
sofrer com preconceito. Sou hetero e defendo. Não é problema.
Defendo, pois parto do principio que todos são iguais, independente
da raça, origem, religião, classe social ou opção sexual. Cada um tem suas
escolhas e seu modo de pensar, agir etc. Ninguém é igual a ninguém. Isso não
obriga a todos gostarem das mesmas coisas.
Não é porque temos uma cultura patriarcal que impediu as
mulheres a lutarem e conquistarem seu espaço e direitos na sociedade. Não é
porque somos doutrinados a uma religião x ou y, de cultura heterossexual que
não vamos dar o direto de união a homossexuais.
O Estado é laico. Defendo
então a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Eles têm o mesmo
direito que qualquer outro. Direito de casar, de construir família... Então,
também defendo eles poderem adotar crianças. Lembram que nossos pais são
heteros, mas você pode ter escolhido gostar de alguém do mesmo sexo. Foi por
influência do papai e da mamãe? Para você ter se tornado homossexual você teve
que ver a mamãe agarrando uma mulher ou o papai com um homem e assim você quis
repetir o mesmo achando que era certo? Acho que não.
Lembra-se que os homossexuais foram filhos de pais heteros e
nem por isso se tornaram heteros. E com certeza nenhum pai os influenciou a
escolha hetero/ homo. Do mesmo jeito que alguns casais homossexuais já adotaram
crianças.
Recordo-me, como se fosse ontem, de uma matéria que as
pesquisadoras passaram mais de 10 anos acompanhando de perto casais de
homossexuais que adotaram crianças. Acompanharam educação, seu ingresso a uma
escola. Notaram que crianças criadas por duas mamães ou dois papais tinham uma desenvoltura
e sociabilidade maior com outras crianças da mesma faixa etária. Sofriam
preconceito? Sim, sofriam. Mas sofreriam o mesmo preconceito se eles fossem
negros ou índios. E todos eles, quando responderam uma pesquisa de satisfação dizeram
ter orgulho dos pais que tinham. E lembrando, eles eram filhos adotivos de pais
homossexuais.
O que existe hoje é preconceito de mentes limitadas. Limitadas
de conhecimento e dogmas religiosos. Limitadas para não aceitar o que é
diferente. Limitadas e ignorantes. Porque não é preconceito só com gays, mas
também com tudo que foge do que eles dogmatizaram como “normal”.
Agora, reflita e me responda uma única pergunta.
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